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TRILHAS SONORAS PARA FILMES DE TERROR COM PAULO BETO

LIVES: 04, 10 e 11 de dez

Período de disponibilização de conteúdos e execução dos exercícios remotos: 05 a 09 de dez

LIVE 1 (04/12/2020): 20:00 – 21:00h: 

Apresentação do ministrante e dos alunos e do conteúdo a ser trabalhado na oficina.
 

Do dia 05/12/2020 ao dia 09/12/2020,

Os alunos terão acesso a quatro horas de material didático produzido exclusivamente para a CRASH, bem como propostas de exercícios. 

Live 2 (10/12/2020): 20:00 – 22:00h: 

Trabalho em conjunto com o ministrante. 

Live final (11/12/2020): 20:00 – 21:00h: 

Apresentação dos trabalhos.

O som está ligado ao instinto de sobrevivência desde a alvorada do ser humano. Os ouvidos, além de serem instrumentos ligados ao ato da comunicação, funcionaram para o homem primitivo como sensores de detecção de perigos, como predadores e desastres naturais, tais como as tempestades e os deslizamentos. A reverberação ou o eco fazem naturalmente nosso cérebro acessar o sentimento ancestral do medo do desconhecido: a escuridão de uma caverna com seu reverber natural, por exemplo. O generoso volume e grave combinado a um agudo agressivo do ribombar de um trovão nos assusta até hoje, nos levando a ter medo do choque ou de que nossos equipamentos eletro-eletrônicos se danifiquem. Por estes e outros motivos o som em intensidade nos traz sensações ligadas a emoções muito primais envolvendo vida ou morte.

 

O papel da trilha sonora de um filme de terror no fundo trabalha com esses elementos de acesso ao nosso inconsciente e instinto de sobrevivência. São muitos os mecanismos de condução emocional. Só a imagem, por mais poderosa e exuberante, não acessa a todos os sentidos necessários para conduzir a experiência cinematográfica do espectador. O cinema é muito associado a imagem em movimento, mas é o som em seus diversos aspectos e a capacidade da trilha sonora de sugerir emoções que possibilitam a experiência imersiva em uma estória.

 

O objetivo desta oficina é focar na utilização destes recursos, onde sonora e musicalmente se busca provocar o medo. Testaremos conceitos ao fazer experiências práticas utilizando trechos de filmes e curta metragens e discutiremos estéticas e possibilidades, simulando briefings de um diretor. A oficina será finalizada com um exercício realizado. É uma oportunidade para ouvintes e músicos que se interessam ou que anseiam trabalhar nesse ramo terem contato com essa atividade sendo guiada por um profissional experiente.

PAULO BETO

 

Paulo Beto é músico e compositor de trilhas sonoras para cinema, broadcast television e comerciais. Nascido em Juiz de Fora (MG), vive em São Paulo desde 2001 onde trabalhou 8 anos criando música e sound design no estúdio de animação e efeitos especiais VETOR LOBO. Mas sua paixão mesmo é criar música para cinema de gênero, mais especificamente filmes de terror. Especializado na linguagem do estranhamento e do absurdo, suas influências vão dos filmes do animador tcheco Jan Svankmajer (baluarte do surrealismo tardio da cortina de ferro) a filmes contemporâneos como “A Bruxa”, “Hereditário” e “Sob a Pele”, passando por clássicos como “Exorcista”, “Iluminado” e “O Bebê de Rosemary". Seu verbete no site IMDB inclui 19 filmes, entre curtas e longas de diretores como Dennison Ramalho, Diego Freitas, Carlos Gananian, Paulo Sacramento, João Tenório, Dácio Pinheiro, Duda Leite, Guilherme Marcondes e Kiko Molica. E mais seus últimos trabalhos: O Olho e a Faca (2018) de Paulo Sacramento e Morto Não Fala (2018) de Dennison Ramalho. Antes de criar trilhas para filmes modernos, experimentou sonorizar filmes mudos expressionistas. Recentemente criou com sua banda eletrônica Anvil FX uma trilha original e alternativa para o filme “Encarnação do Demônio” (2008) José Mojica Marins, onde foi apresentada ao vivo na edição de setembro desse ano no Étrange Festival em Paris.

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